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falso

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A ALEGAÇÃO

Desde a tarde de hoje, 11 de outubro, circula nas redes sociais, especialmente no Facebook, uma alegação de que a União Europeia teria condenado a auto-proclamação de vitória de Venâncio Mondlane, candidato presidencial do partido PODEMOS nas eleições de 9 de outubro. De acordo com a informação, compartilhada na página de Facebook (MozManingueNice), Laura Ballarín, chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) às eleições moçambicanas 2024, teria condenado Venâncio Mondlane por se declarar forçosamente vencedor das eleições, antes da divulgação oficial dos resultados pelas autoridades competentes. Segundo a alegação, Laura Ballarín afirmou que o procedimento de Venâncio Mondlane mina o exercício democrático desejado por todos os moçambicanos. Acrescentando que é preciso confiar nas instituições responsáveis pela gestão do processo eleitoral. A publicação também sugere que a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia desencoraja qualquer tentativa desta manifestação, bem como a auto-proclamação de vitória por parte dos candidatos. Além disso, a alegação vem acompanhada do logotipo da União Europeia e com a legenda: "UNIÃO EUROPEIA CONDENA AUTO-PROCLAMAÇÃO DE VITÓRIA DE VENÂNCIO MONDLANE". A publicação obteve cerca de 30 compartilhamentos em apenas três horas, espalhando-se rapidamente pelas redes sociais.

 

OS FACTOS

No entanto, a informação é completamente falsa. A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) negou categoricamente que a sua chefe, Laura Ballarín, tenha feito tais declarações. Em resposta ao Misa Check, a MOE UE esclareceu que a publicação atribui à sua chefe declarações que ela nunca fez, supostamente condenando as mensagems públicas de Venâncio Mondlane proclamando-se vencedor das eleições. Embora a MOE UE reconheça que é inadequado que qualquer candidato se proclame vencedor antes da divulgação dos resultados oficiais pelas autoridades eleitorais, verificamos que não houve nenhuma condenação formal de Venâncio Mondlane, por parte da chefe da MOE EU, em nenhuma conferência de imprensa ou comunicado oficial como se pode verificar pelas suas declarações recentes.

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falso

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A ALEGACÃO

Está a circular, nas redes sociais da internet, uma informação dando conta que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) decidiu que, para evitar fraudes, os eleitores que votam na Renamo e no seu candidato presidencial, Ossufo Momade, votarão num dia separado, no caso a 10 de Outubro. Além disso, a alegacão afirma que os votos para a Renamo serão colocados em urnas especiais, distintas das usadas para outros partidos.

OS FACTOS

Entretanto, esta alegação é completamente falsa. Não há nenhuma decisão tomada pela CNE de separar a votação de acordo com o partido ou candidato. As eleições gerais de 2024, que incluem as eleições presidenciais, legislativas, e para as assembleias provinciais e governadores de província, continuam marcadas oficialmente não para o dia 10 de Outubro, mas sim para o dia 9 de Outubro de 2024, conforme convocado pelo presidente da República. Por outro lado, a alegação de que os votos para a Renamo serão depositados em urnas especiais é, igualmente, falsa.  O sistema eleitoral moçambicano adopta um modelo de urnas comuns para todos os partidos e candidatos. Não existe qualquer provisionamento ou previsão legal de urnas diferenciadas para qualquer partido específico. Finalmente, não há registo de qualquer decisão ou pronunciamento público da CNE sobre matéria desta natureza. A última publicação da CNE, na sua página oficial no Facebook, data do dia 12 de Setembro corrente e trata do lançamento da formação de candidatos para formadores de Membros de Mesas de Voto (MMVs), sem qualquer menção a mudanças no cronograma eleitoral.

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A ALEGAÇÃO

Circula, pelo menos desde a semana passada, nas redes sociais digitais, uma informação sugerindo que o antigo bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), Tomás Timbane, teria retirado o seu apoio à candidatura de Venâncio Mondlane. Segundo a alegação, Tomás Timbane teria feito uma publicação na sua página oficial do Facebook, anunciando que o seu trabalho como voluntário pela cidadania com o candidato agora apoiado pelo partido Podemos chegou ao fim. A informação tornou-se viral nas plataformas digitais, sobretudo no Facebook e no WhatsApp, ganhando ainda mais força após o partido Renamo ter dado destaque ao assunto, publicando, na edição 349, de 12 de Setembro, do seu boletim “A Perdiz”, um artigo que é atribuído ao antigo bastonário da OAM. Na publicação, a Renamo, o partido que Venâncio Mondlane abandonou este ano, sugere que a alegada retirada de apoio de Tomás Timbane indica possíveis rixas internas na campanha de Venâncio Mondlane, o que gerou ainda mais especulações e reações online. “O antigo bastonário da Ordem dos Advogados, Tomás Tibana, atirou a ‘toalha ao chão’ no apoio ao Venâncio Mondlane, leia na íntegra a carta por ele publicada esta semana na sua conta oficial Facebook”, indica a “Perdiz”.

 

OS FACTOS

Entretanto, a alegação de que o antigo bastonário da OAM retirou o seu apoio a Venâncio Mondlane não corresponde à verdade. Na verdade, trata-se de uma informação enganosa que, provavelmente, assenta sobre a proximidade de nomes entre o advogado Tomás Timbane e o economista Roberto Tibana. Na verdade, quem endossou e depois retirou o seu apoio a Venâncio Mondlane é o economista Roberto Tibana e não o advogado Tomás Timbane. Com efeito, a carta que foi largamente atribuída a Tomás Timbane pertence, de facto, a Roberto Tibana, conforme se pode constatar aqui. Aliás, mesmo nas publicações que são atribuídas a Tomás Timbane, nota-se uma contradição nos elementos constitutivos da informação. A fotografia usada em várias publicações, por exemplo, é do economista Tibana e não do advogado Timbane. Igualmente, as publicações sobre esta alegação juntam o primeiro nome do advogado e o último do economista, ficando “Tomás Tibana”, conforme se pode ver aqui.

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Joaquim Chissano Vs Venacio Mondlane

 

A ALEGAÇÃO

Desde a primeira semana do mês em curso que circula, nas redes sociais digitais, uma informação alegando que o ex-presidente da República, Joaquim Chissano, teria afirmado que Venâncio Mondlane é o primeiro moçambicano a dar “dor de cabeça” ao partido Frelimo. Segundo a alegação, Joaquim Chissano teria declarado, numa recente declaração aos media, que Venâncio Mondlane tem se mostrado um jovem extremamente inteligente e dedicado, o que tem causado preocupações no seio do partido no poder e que a sua actuação política e capacidade estratégica têm colocado desafios inéditos à Frelimo, consolidando sua posição como uma figura de destaque no cenário político nacional. A informação tornou-se, em pouco tempo, viral nas plataformas digitais, principalmente o Facebook e o WhatsApp. Numa das publicações, um dos principais apoiantes e advogado de Venâncio Mondlane reage indicando que “ainda é cedo”. Numa outra publicação, o alegado pronunciamento de Joaquim Chissano é associado a uma alegada falta de “espírito de liderança”  do candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo.

 

OS FACTOS

Entretanto, estes pronunciamentos são totalmente falsos. Não há nenhuma afirmação desta natureza que tenha sido feita pelo antigo presidente da República. Pelo contrário, Joaquim Chissano expressou, publicamente, o seu total apoio ao candidato da Frelimo, Daniel Chapo. Aliás, o Credível também verificou a alegacão e chegou à conclusão de ser falsa. Como se não bastasse, uma verificação minuciosa da alegação permite concluir que a data da sua publicação é de 09 de Maio de 2024, o que é inconsistente com a ligação que é feita de Venâncio Mondlane ao partido Podemos, visto que nessa altura o candidato presidencial ainda era membro da Renamo. Por outro lado, a imagem de Joaquim Chissano usada na alegação é relativa a uma declaração feita pelo antigo presidente em Outubro de 2023, momentos após exercer o seu direito de voto nas eleições autárquicas do ano passado.

Refira-se que esta não é a primeira vez que um membro sénior do partido Frelimo é associado a um suposto apoio ao candidato presidencial Venâncio Mondlane. No mês passado, foi Graça Machel, a antiga primeira-dama de Moçambique, falsamente citada a referir que “Venâncio Mondlane é o único sério” candidato presencial nas eleições deste ano. A informação também se tornou viral nas redes sociais digitais e Graça Machel viu-se obrigada a vir ao público para desmentir a alegação. Mais tarde, a esposa do primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Machel, também fez um vídeo a declarar apoio ao candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo. 

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A ALEGAÇÃO

Nas últimas três horas de hoje, sexta-feira, 30 de Agosto, uma alegação tem circulado amplamente nas redes sociais da internet, indicando que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) terá emitido um comunicado pedindo desculpas à Coligação Aliança Democrática (CAD) e ao seu ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane, após ter rejeitado a candidatura do partido. De acordo com a informação, a CNE admitiu que a sua decisão foi tomada sem a devida consideração de todas as provas necessárias. Num suposto comunicado que lhe é atribuída, a CNE é citada a referir que “estamos profundamente envergonhados pelo ocorrido. Reconhecemos que o processo não foi conduzido com a devida diligência, o que resultou em uma decisão prematura e injusta para o CAD e para Venâncio Mondlane”, conforme se pode ler aqui. Em menos de uma hora, a publicação viralizou em várias outras páginas do Facebook, que também replicaram a informação. Em algumas dessas partilhas, pode se ler que ‘‘a CNE admite que o processo foi falho, prematuro e injusto para CAD e Venâncio Mondlane‼️’’, considerando isso como uma ‘‘Brincadeiras de mau gosto’’.

 

OS FACTOS

Entretanto, esta informação é completamente falsa. De facto, a Comissão Nacional de Eleições não emitiu nenhum comunicado a pedir desculpas sobre a CAD ou Venâncio Mondlane, nem qualquer outra publicação. Aliás, ao que o Misa Check apurou, a CNE não emitiu, hoje, nenhum comunicado de imprensa. A última publicação da CNE data do dia 28 de Agosto e dava conta de capacitação de agentes eleitorais. Aliás, confrontado, esta semana, numa entrevista ao Centro de Integridade Pública, sobre a actuação da CNE, que é vista como beneficiando uns e a não a todos que estão no processo eleitorail, embora sem se referir especificamente ao “caso CAD”, o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica disse que só se poderá pronunciar se um dia a CNE sentar e fazer análise sobre o que chamou de perceções pessoais. Em suma, a alegação de que a CNE fez um pedido de desculpas à CAD e a Venâncio Mondlane não corresponde à realidade.

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A ALEGAÇÃO

Desde inícios de Agosto corrente que circula, nas redes sociais da Internet, uma informação alegando que o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, está "nervoso" com Venâncio Mondlane após uso indevido de um suposto patrocínio do maior partido da oposição, em Angola, para a CAD, a coligação que suportava a candidatura presidencial de Mondlane. De acordo com a alegação, Adalberto Costa Júnior teria garantido apoio financeiro a Venâncio Mondlane após um encontro entre os dois, ocorrido em 3 de Maio de 2024, em Maputo. Ao que indica a alegação, Venâncio Mondlane “se encontrava em incursões para assaltar o poder dentro do partido em que se encontrava filiado (Renamo)”. Durante o encontro com Adalberto Costa Júnior, o líder da UNITA terá reconhecido o potencial de Venâncio Mondlane, tendo lhe garantido apoio total na sua candidatura à presidência, uma vez que o parceiro tradicional da UNITA, a Renamo, não se encontrava mais alinhado aos interesses da oposição angolana. 

“Foi nesta ordem de emoções, que o VM7 (Venâncio Mondlane) decidiu partir a louça toda, ciente do apoio que teria em qualquer dos Partidos que ele decidisse abraçar... e mais, exigindo que a sua esposa, Francelina Mondlane, fosse a gestora do referido fundo”, refere a publicação. Com efeito, sugere a fonte, Venâncio Mondlane terá recebido fundos da UNITA, tendo os utilizado de maneira imprópria, o que teria gerado indignação por parte de Adalberto Costa Júnior, que não conseguiu esclarecimentos sobre de que forma o político moçambicano usou o apoio fornecido pela UNITA, conforme se pode ler aqui

A publicação viralizou em várias páginas do Facebook e Instagram, que replicaram a informação, como se pode ver aquiUm influenciador moçambicano chamado Loyd Froy King chegou a escrever, a propósito desta alegação, que “nem tudo que brilha é ouro!"Numa segunda publicação, o influenciador partilha um suposto jornal online chamado "Cidadania", indicando que Venâncio Mondlane “fez pessoas de maluc4s (malucas) queimarem com sol … Txi mamou”A captura de tela do suposto jornal "Cidadania" foi a que mais se repercutiu no espaço digital, tendo sido publicada em várias páginas, mencionando o suposto jornal como fonte primaria da informação. A influenciadora Jo Vulkana, também compartilhou a informação no seu Instagram.

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OS FACTOS

Entretanto, esta informação é completamente falsa. Tanto Venâncio Mondlane como Adalberto Costa Júnior confirmaram, ao Misa check, que esta informação não passa de uma criação. Enquanto Venâncio Mondlane nos disse que as intenções por detrás desta alegação “são óbvias”, Adalberto Costa Júnior respondeu-nos que se “trata de uma fake, não existe qualquer zanga, nem motivo para tal”. Além disso, não foi possível localizar, tanto em Moçambique, como em Angola, o suposto Jornal "Cidadania", mencionado como fonte primária da informação. No entanto, um vídeo consultado pelo Misa Check mostra como o conteúdo pode ter sido fabricado com recurso a uma plataforma de edição chamada Canva

Quanto à fotografia usada em algumas das publicações, em que Venâncio Mondlane e Adalberto Costa Júnior aparecem apertando as mãos, não tem a ver com o suposto apoio. A mesma foi publicada no dia 03 de Maio de 2024, na página oficial do Facebook do próprio Venâncio Mondlane.

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A ALEGAÇÃO

Uma publicação feita no dia 26 de Julho, numa página do Facebook denominada “Poli News”, anuncia suposta morte do director-executivo do MISA-Moçambique, Ernesto Nhanale. "Dizemos adeus a Ernesto Nhanale. Todo o Moçambique está de luto...", lê-se na legenda sobre uma fotografia do director-executivo do MISA Moçambique. A publicação inclui uma ligação (link) para um site supostamente da Televisão de Moçambique (TVM), com uma informação segundo a qual Ernesto Nhanale foi processado pelo Banco de Moçambique devido a declarações feitas na televisão. O suposto site da TVM inclui uma entrevista supostamente concedida por Ernesto Nhanale ao presidente do MISA, Jeremias Langa.

OS FACTOS

Entretanto, a informação divulgada tanto pela página “Poli News”, como pelo suposto site da TVM, é completamente falsa. O Misacheck, que tem contacto permanente com o director-executivo do MISA, está em condições de assegurar que Ernesto Nhanale está vivo e não foi processado pelo Banco de Moçambique - até porque não tem nenhum caso com o Banco Central. Uma verificação básica, tanto a página como ao site, permite constatar que se trata de fontes duvidosas, usadas para disseminar desinformação falsa.

O suposto site da TVM, por exemplo, não passa de uma invenção. É, na verdade, um site falso, que apenas se apropria da identidade visual do site oficial da estação pública de televisão para enganar o público. Mas o endereço do link é falso. Ao invés de https://www.tvm.co.mz, conforme o site oficial da TVM, o suposto site usado para difundir desinformação usa um link diferente, que pode ser acessado aqui.

Sucede que, ao longo do texto, há um link repetidamente partilhado para leva a uma plataforma de apostas, denominada EthereonEdge, que também tem espalhado informações enganosas, utilizando nomes de figuras públicas para atrair usuários, prometendo-lhes riqueza instantânea.

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Aliás, na suposta entrevista concedida a Jeremias Langa, Ernesto Nhanale é citado a referir que o EthereonEdge é a solução certa para quem quer ficar rico rapidamente. Por sua vez, a página “Poli News” tem, desde a sua criação, a 27 de Junho, uma única publicação, exactamente sobre a suposta morte do director executivo do MISA.   

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A ALEGAÇÃO

Desde a tarde deste domingo, 10 de Dezembro, dia de repetição de eleições em quatro Municípios do país, que circula, nas redes sociais digitais, uma informação dando conta de que a Polícia da República de Moçambique (PRM) matou três pessoas e inviabilizou o processo de votação, em Gurúè, na Zambézia. A referida informação, descrita, em vários grupos de WhatsApp, como de “última hora” e em “actualização”, é acompanhada por uma imagem em que cidadãos civis são recolhidos por agentes da Polícia, numa viatura de marca Mahindra, da corporação.

OS FACTOS

Entretanto, a referida informação é completamente falsa. Em Gurúè, não houve mortes nem inviabilização da votação. A imagem que acompanha a alegação não é recente e nem se quer é de Gurúè. Trata-se, isso sim, de uma imagem referente a acontecimentos de 2019, em Quelimane, capital provincial da Zambézia, quando a Polícia deteve cinco pessoas e agrediu manifestantes, durante uma marcha na qual centenas de apoiantes da Renamo, o maior partido da oposição, em Moçambique, foram para as ruas, com dísticos e cânticos, pedir que Manuel de Araújo voltasse ao poder, na sequência de um acórdão do Tribunal Administrativo, que levava à perda do mandato do edil, conforme se pode ler aqui.

Equipas de observação do Consórcio Eleitoral Mais Integridade, de que o MISA Moçambique (organização-mãe do Misa Check) é parte, confirmaram-nos, a partir do terreno, não ser verdadeira a informação sobre a suposta morte de quatro pessoas e inviabilização da votação, em Gurúè. Embora com grande presença policial, sobretudo na EPC Chá Moçambique e na ESG Gurúè, onde os agentes estavam a cerca de 50 metros do local de votação, até às 16 horas deste domingo não havia registo de intervenção policial violenta, neste Município da província central da Zambézia.

A única intervenção de força tinha ocorrido na ESG Gurúè, onde a Polícia teve de disparar tiros na sequência da agressão, por membros do partido ND, de um membro da PRM à paisana, alegadamente porque queria votar sem ser do Gurúè. Minutos antes do fim da votação, as 18h,  a Polícia usou disparos para começar a dispersar as pessoas ao redor da EPC Moneia, em Gurúè.

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Fake cabeça de lista Vilankulo

A ALEGAÇÃO

Desde o arranque da campanha eleitoral, no passado dia 26 de Setembro corrente, que circula, nas redes sociais digitais, uma informação dando conta de uma suposta renúncia do cabeça de lista da Renamo, no Município de Vilankulo, alegadamente para apoiar a candidatura do partido Frelimo naquela autarquia do Norte da província de Inhambane. Numa das imagens mais difundidas sobre o assunto, aparece, na parte superior, um cidadão a despir camiseta do partido Renamo, para substituí-la por uma da Frelimo.

Na parte inferior da mesma imagem que, até à noite desta quinta-feira, estava disponível aqui, aparecem duas fotografias do actual cabeça de lista da Renamo, em Vilankulo, antes da descrição que diz “Cabeça de lista da RENAMO renunciou a sua candidatura e anuncia apoio a FRELIMO, em Vilankulo, na província de Inhambane”.

Descrição quase idêntica foi feita pela Televisão de Moçambique (TVM), estação pública que, no rodapé do seu espaço “Diário de Campanha” (até a noite desta quinta-feira disponível aqui), escreveu o seguinte: “Cabeça de lista da Renamo renuncia e anuncia apoio à Frelimo”. A dado passo da sua intervenção, que foi feita no lançamento da campanha eleitoral da Frelimo em Vilankulo, que é encabeçada pelo actual edil, William Thuzine, o suposto cabeça de lista da Renamo que, alegadamente, renunciou e se juntou à Frelimo, refere que “Moçambique é Frelimo, sabiam disso?”.

Vários comentários seguiram-se à publicação, tais como: "Judas cariotas, assim mesmo essa traição"; "Nem Judas.. nem Judas fez isso"; "Logo nos mostra que todos nossos políticos preocupam-se mais com dinheiro"; "PAU MANDANDO Membro da Freli Infiltrado para desestabilizar"; "Isto so pode ser sabotagem! Eu não acredito na legitimidade deste candidato. Pessoas assim deviam ser presas por fazer o partido perder tempo na última hora. absurdo"; ou, ainda, "Ele não é fingindo. Quer estar com os melhores. Doa a quem doer"; "A FRELIMO está na moda... Doa a quem doer", entre outras reacções que podem ser lidas aqui.

OS FACTOS

Entretanto, a informação sobre a suposta renúncia do cabeça de lista da Renamo, em Vilankulo, alegadamente para apoiar a Frelimo, é completamente falsa. Na verdade, quem se filiou à Frelimo, em Vilankulo, é Tomás Zacarias Tembe, que já foi, não cabeça de lista, mas candidato da Renamo à autarquia de Vilankulo nas eleições autárquicas de 2008, quando o modelo de votação não era, ainda, por cabeça de lista, mas sim por candidato nominal.

A verificação de factos efectuada pelo Misa-Check sobre este assunto estabeleceu que a fotografia que está a viralizar, nas redes sociais digitais, é resultado de manipulação. Com efeito, o cidadão que aparece na parte superior, despindo camiseta da Renamo, é Tomás Zacarias, que foi candidato em 2008. Entretanto, a pessoa que aparece na parte inferior, em duas fotografias, em todas vestindo camiseta da Renamo, na primeira acenando com a mão direita e, na segunda, sentado, com bandeira deste partido ao fundo, é Joaquim Quinito Vilanculo, o actual cabeça de lista da Renamo.

Houve uma colagem das fotografias para alimentar esta "notícia falsa". Não é por acaso que, na fotografia de troca de camisa partidária, seleccionou-se uma fotografia cujo rosto não é possível de identificar, porque encoberto pela t-shirt. Aliás, Tomás Zacarias, o homem que troca da camiseta, é, só pelo rosto, visivelmente muito mais velho que Joquim Vilanculo.

Joaquim Vilanculos

Mais ainda, na tarde desta quinta-feira, 28 de Setembro, o Misa-Check contactou o cabeça de lista da Renamo, em Vilankulo, que classificou a informação que está a circular a seu respeito como sendo simplesmente falsa. “Não constitui a verdade. Estão a tentar denegrir a nossa imagem. Nós estamos a carregar a Renamo ao poder e não há espaço para renunciarmos”, disse-nos Joaquim Vilanculo.

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Data da declaração: 18/01/2021

Data da verificação: 16/01/2020

Circulam nas redes sociais imagens de uma vacina injetável contra a Covid-19, de nome Remdesivir, supostamente destinada exclusivamente aos países africanos (Angola, Benin, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Chade, Comores, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Moçambique, entre outros). Nos termos de utilização da referida vacina, dispõe-se de forma expressa que a sua distribuição é proibida nos Estados Unidos da América, Canadá e União Europeia.

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