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O início da votação nos Municípios que estão a repetir as eleições, este domingo, 10 de Dezembro de 2023, voltou a ser marcado pelos mesmos problemas que colocaram em causa a integridade do escrutíneo do dia 11 de Outubro último.Com efeito, há relatos de tentativas de fraude, incluindo atritos entre presidentes de mesa e delegados de candidatura da oposição, bem como impedimento à observação. No entanto, em geral, as mesas das assembleias de voto iniciaram o seu funcionamento a horas e com todo o material.

Das 72 mesas de assembleia de voto sob observação do Consórcio Eleitoral Mais Integridade nos municípios de Marromeu, Gurúè e Nacala-Porto, mais de 85% iniciaram o processo de votação a horas e todas as mesas tinham todo o material necessário para funcionar regularmente.

Os observadores do Mais Integridade puderam observar o início da votação em todas as mesas de Nacala-Porto e Gurúè, mas em Marromeu estão a registar-se muitos casos de impedimento à observação, afectando pelo menos 15% das mesas daquele município, embora estejam a ser gradualmente resolvidos. Nuns casos, os presidentes das mesas rejeitavam os crachás emitidos pela Comissão Provincial de Eleições de Sofala e exigiam uma credencial passada pelo STAE distrital de Marromeu e noutros os presidentes das mesas afirmavam ter instruções de não deixar os observadores permanecerem nas mesas de forma permanente. Outros ainda exigiam que os observadores permanecessem de pé.

Ainda em Marromeu, foram registadas as seguintes ocorrência:

Em Gurúè, foram registadas as seguintes ocorrência:

Em Nacala-Porto:

No entanto, tanto em Gurúè, exceptuando as mesas da Escola Chá de Moçambique e Nacuacué, como Marromeu, a afluência à hora da abertura também era baixa. ________________________________________________________________________________________________________________

Constituído em 2022, o Consórcio Eleitoral “Mais Integridade” tem como objectivo contribuir para a transparência e integridade do ciclo eleitoral 2023-2024, avaliando, de forma objectiva e isenta, o seu desenrolar, produzindo informação e análise públicas e credíveis sobre as várias fases do processo, incentivando o nível e a qualidade de participação dos cidadãos e contribuindo para a redução das tensões eleitorais. Está a observar as eleições autárquicas desde o recenseamento, passando pela campanha eleitoral, votação e apuramento intermédio dos resultados, promulgação e divulgação dos resultados finais pelo Conselho Constitucional. É composto pela Comissão Episcopal de Justiça e Paz (CEJP) da Igreja Católica, Centro de Integridade Pública (CIP), Núcleo das Associações Femininas da Zambézia (NAFEZA), Solidariedade Moçambique (SoldMoz), Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC), Capítulo Moçambicano do Instituto para Comunicação Social da África Austral (MISA Moçambique) e Fórum das Associações Moçambicanas de Pessoas com Deficiência (FAMOD).