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detencao agressao jornalistasO MISA Moçambique tomou o conhecimento da detenção e agressão de sete jornalistas, por agentes da Polícia da República de Moçambique, por volta das 09 horas desta Quinta-feira, 09 de Setembro de 2021, na cidade de Nampula.

O facto ocorreu na delegação provincial do Instituto Nacional de Acção Social (INAS), tendo envolvido os jornalistas Celestino Manuel, colaborador da Media Mais, Leonardo Gimo, da TV Sucesso, Edmilson Ibraimo, operador de camara da TV Sucesso, Osvaldo Sitora, repórter de imagem da Afro TV, Alberto Júnior e Manuel Tadeu, da HAQ TV, e Emerson Joaquim jornalista da Afro TV, quando cobriam um motim de cidadãos que protestavam, junto daquela instituição, em repúdio à alegada falta de transparência no pagamento do subsídio básico para mitigação dos efeitos da covid-19, ao nível da cidade e distrito de Nampula.

Os agentes da PRM afectos à terceira esquadra da corporação forçaram os jornalistas a permanecer num compartimento do INAS, naquela cidade, como forma de impedir a cobertura do caso. De acordo com relatos do Núcleo Provincial do MISA Moçambique, em Nampula, o jornalista Celestino Manuel, da Media Mais, ficou algemado durante cerca de 30 minutos, tendo sido obrigado a ceder a sua máquina de filmagem às autoridades policiais.

Os jornalistas Celestino Manuel, Alberto Júnior e Manuel Tadeu afirmam terem sido violentados fisicamente pela PRM, ao tentarem recusar a eliminação de algumas imagens da referida manifestação popular. A liberdade dos sete profissionais foi possível depois da intervenção do MISA, em Nampula, junto do comando da terceira esquadra da PRM.

O MISA Moçambique deplora este acto de agressão e detenção de Jornalistas. O MISA faz lembrar que nenhum jornalista deve ser impedido de aceder às fontes de informação e muito menos ser reprimido no exercício da sua profissão. O MISA recorda que é dever das autoridades policiais proteger e nunca deter e agredir jornalistas na cobertura de eventos considerados caóticos, igual ao que ocorreu em Nampula na passada quinta-feira.

Devido a gravidade dos actos e, por representar uma violação dos direitos dos jornalistas, o MISA irá tomar todas as providências para a responsabilização dos polícias envolvidos neste caso.