Foi com muita preocupação que Instituto de Comunicação Social da África Austral, capítulo de Moçambique (MISA- Moçambique), tomou conhecimento do ataque às viaturas da Televisão de Moçambique (TVM) e da Rádio Moçambique (RM), ocorrido no dia 12 de Agosto, na Província de Manica, na Região de Chiwala, distrito de Bárué, ao longo da Estrada Nacional 7.

Segundo as diversas fontes de informação que o MISA-Moçambique teve acesso, as duas viaturas foram atacadas pelos homens armados da Renamo, transportando as equipes de reportagem das duas empresas de comunicação social publica, para uma missão de cobertura da visita do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, à província de Manica.

Para o MISA-Moçambique, este ataque às equipes de reportagem da TVM e RM representa uma forte ameaça as liberdades de imprensa e do direito à informação, sobretudo por visar jornalistas que, no âmbito do seu trabalho, buscam produzir informação aos cidadãos.
O ataque aos jornalistas deve ser visto como uma violação dos preceitos do Direitos Internacional Humanitário que, através das Convenções de Genebras e seus Protocolos Adicionais (Artigo 4º A (4) da Terceira Convenção de Genebra e o Artigo 79 do Protocolo Adicional I), prevê que os jornalistas têm direitos e proteções concedidas aos civis.

O MISA-Moçambique reitera o seu repúdio ao uso da violência para solução dos problemas políticos; e, enquanto as soluções de busca pela paz se desenrolam, o MISA apela aos actores envolvidos a respeitaremos direitos dos cidadãos civis e dos jornalistas.